September 12, 2014

As coisas não ditas - ou ditas pelo avesso! (22/07)

E enquanto escrevo, ouço "Bigorna - Lenine" com um nó na garganta, um nó que não se desmancha, que não se desata que não me larga por nada. Você já sentiu isso? Então, to com ele em mim, aqui, agarrado, cravado nas entranhas, atravessado na garganta, nos dias, nas horas, na rotina, de mãos dadas com a insônia faceira.
Sei dos meus impulsos, das minhas intemperanças, dos meus desatinos e assumo todos eles. O que não sei de verdade é o que fazer pra me livrar das boas mémorias dos quase 8 meses juntas. Eu não soube lidar com O TUDO, com O TODO e explodi, arbitrariamente.

Meti os pés pelas mãos e o amor rio abaixo. Não posso negar que não estou magoada, chateada, sentida com a falta de respeito que você me aprensentou/transpareceu noutrora, mas também não sei se há remédio pras coisas ditas, inclusive pro "eu assumo que não sei ficar sozinha, Paloma" (ou qualquer coisa do tipo que você tenha dito).

Estou brava com a falta de alternativas e talvez com a falta de tato em fazer diferente. Melhor, brava como nós destruímos o nosso nós. Sim, querer estar junto, querer fazer planos, querer que o outro fique bem - de algum jeito, não é mesmo? 

Mesmo depois de ter apagado todos os registros digitais do nosso nós... Eu não consigo esquecer do vídeo que você me enviara da África dizendo que me amava e blablablabla e uma semana depois (ou sei la quanto tempo) você foge de mim, se esconde, não me olha nos meus olhos não tem coragem de me encarar e chama o que EU fiz de cobrança.

Sei la! Fazia pouco mais de uma semana que você estava no Brasil - Se não me falhe a péssima mémoria - e eu querer saber de você, dos seus dias, das suas caras e bocas, ainda era uma rotina pra mim e eu também estava num "jet lag" ao contrário. Tava perdida, sem chão, sem rumo, sem quase nada, sem quase você. Se coloca na minha posição. Ou melhor, inverte o cenário.

A pergunta que não quer calar: Mas o fim não era iminente? CONCORDO! Tínhamos prazos, datas, válidades, entretanto eu não contava com falta de respeito, falta de coragem de lidar com as durezas de frente... O que está feito, está! Já foi! Mas ainda sim eu fico repassando as cenas na minha cabeça pra encontrar o exato momento em que o tiro saiu pela culatra, sabe? Onde nos perdemos tanto assim? Onde está a coragem e/ou o querer ficar junto? Era superficial? Foi superficial?

Eu não te pedi exclusividade, prisão ou casamento com direito a skype com a dona Dodô... Eu só pedi que mantivéssemos o respeito, porque fidelidade é um acordo que você faz consigo e lealdade... ah, essa é outra página. Eu até posso ousar sentir amor, mas exclusividade é coisa muito mais refinada.

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