minha cabeça ainda está a milhão sem saber o que ou como aconteceu. ainda não realizei se foi um sonho ou realidade. dormi e acordei pensando em nós, pensando nessa coisa que estamos fazendo, que estamos nos propondo a fazer ou não saber fazer. sei la como diz ou chama essa coisa todo. o ponto é: isso deveríamos ter feito lá no passado, há dois meses atrás, no tempo que nos deixamos. penso que o que estamos fazendo é uma forma de nos marchucarmos mais, de reabrir as feridas. sei la. você lerá muito isso aqui, nesse texto. SEI LA. tenho um turbilhão de perguntas na minha cabeça e nenhuma resposta. na real, acredito até que não tenho pergunta alguma pronta, porque não sei o que ou como organizar os pensamentos.
sabe, depois que você se foi, eu me transfigurei, me reinventei, me perdi pra me achar e fui exercendo esse movimento diariamente. refiz os planos - planos estes que nunca fizemos juntas - e segui a vida sem rumo, mas com pressa pra não dar margem a desistência. o que vim fazer aqui ainda não foi concluido e você sabe disso - ou não - talvez nem eu saiba. enfim, nesse meio termo entre saber e não saber ser/fazer esbarrei na sua vida e meus planos mudaram de novo - ou não. fui feliz, fui brava, descontrolada, intensa, fui sua, fui minha, fui de nós, fui do nosso nós e de repente, por um desses golpes do destino nossa relação foi arrebenta e fiquei sem chão. justo. porque já sabíamos do termino, do prazo, da validade, das vidas que provavelmente seguiriam separadamente, independente do amor, do carinho, do que sentíamos uma pela outra (do que sentíamos uma pela outra leia: do que eu sei que sentí/sentia/sinto por você. estou falando com conhecimento de causa. estou falando por mim). dito tudo isso de uma forma ainda desconexa, volto a estaca zero, volto ao ponto onde não se o que estamos fazer, pra que estamos fazendo e como conduziremos a coisa toda.
minha vida mudou, eu mudei, nós mudamos. mudamos de opinião, de cidade, de País, de cama, de hábitos, de horários... o que não mudou de fato foi o meu desejo de ter você comigo, em mim, nos meu dias, na minha rotina, no meu corpo, no meu cheiro, no meu pescoço, nos meus pensamentos mais secretos. à parte isso, as praticidades tomaram outro rumo, outra forma, outro prazo. me perdi por aqui, rs.
aliás, você ainda faz com que eu me perca: em mim, em você, em nós. no todo.
o que estamos fazendo?
como faremos?
pra onde vamos com isso?
é saudável?
cabemos nos nossos planos (individuais) de agora?
temos planos juntas?
estou com medo. assustada. até bem pouco tempo atrás éramos duas estranhos num relacionamento mal resolvido, numa coisa solta, de mágoas, numa estranheza absoluta de tempos que não se foram por completo, de tempos que foram bons, mas que não encerramos, sabe? e de repente, depois das farpas farpas todas, voltamos a nos falar como se nada tivesse acontecido. com a mesma docuça e carinho de outrora. assustada again. não sei quem cabe nos planos. se cabe, sabe?
esses ultimos dois meses aprendi a ser tão minha, criei tanta couraça e tambem me fiz feliz sozinha que assusto com essa coisa toda. agora, quem não sabe lidar sou eu. to com medo. to com medo de doer de novo, de me rasgar, de fazer sangrar a cicatriz que ainda não sarou, apenas foi coberta... bom, você chegou e me perdi. vou te enviar, quem sabe você me ajuda com esse mafagafo, nenoa?! rs
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