March 26, 2025

 Carta de mim pro outro que também sou eu

Ei,

A gente saiu correndo, né? Sem tempo pra despedida, sem olhar no olho, sem aquele último abraço que fecha ciclos. Foi brusco, desajeitado… voado. Mas talvez precisasse ser assim. Porque ficar doía mais do que partir. E eu precisava respirar de novo.

O que a gente teve foi real. Real como o silêncio depois de um choro, como o toque que acalma, como a risada que escapa no meio do caos. Mas mesmo o que é real pode não durar. E tudo bem.

Sair de ti foi também sair de partes de mim. E isso leva tempo. Leva paciência. Leva amor — muito amor — pra curar o que não se vê, mas que aperta no peito, vibra no corpo, ecoa na alma.

Sinto tudo.
A lágrima, o riso, o gozo.
Sinto o que fomos, o que não conseguimos ser, e o que ainda pulsa em silêncio.

Entre nós ficou um hiato — esse espaço suspenso entre o fim e o recomeço.
Ele sufoca às vezes.
Mas também é nesse vácuo que o grito nasce, que a voz volta, que o ar entra.
É aí que a vida se reinventa.

Talvez um dia a gente se reencontre, em outras versões, mais inteiros, mais leves.
Ou talvez não.
Mas o que foi, foi. E foi bonito.

Com amor,
De mim,
Pra ti,
Que também sou eu.

E nessa contramão desajeitada da vida de ser só, me vejo rodando em círculos quadrados da minha própria existência. Sair do velho corta fundo — talvez mais do que encarar o novo. Ou seria o contrário? Às vezes, parece que tudo dói. Até o que deveria curar. Mas ainda assim, sigo… meio sem rumo, meio esperança, como quem espera que, no silêncio entre um passo e outro, algo faça sentido.

December 4, 2024

...eu logo gosto mesmo eh de ficar assim, observando as coisas ao meu redor. estou em dor e eh dor daquelas de dar enjoo no estomago, estou farta de tudo que nao eh diversao. quero que meu desejo livre. 

Loba

 ... e as saudades insistem em bater forte na cara nada lavada. Ler voce hoje foi uma coisa inesperada, porque pra mim, esse tempo ja tada dado desde o momento que cantamos bentivi juntas na sala da floresta; enfim, os tempos tem sidos tempos de mudancas e morangos mofados. aqui, me faco em mil pra acolher o sentimento de culpa e dor de nao conseguir fazer com que as coisas da vida pratica sejam cumpridas em prazos humanos. ou seja, eu nao consigo me organizar sequer em fazer tarefas pequenas. que seja! a grande vedade eh que VM me mandou msg dizendo que o tempo de ausencia tinha chegado no relogio dela. ate ai tudo bem, mas pra mim, isso ja tava certo ha tempos atras quando cantamos "bentivi" na florestinha do amor livre. se te faz bem escrever ou falar isso em voz alta pra te ajudar com click de alguns fios, otimo, mana. so respeito e fico aqui, na gratigloria de ter podido me apaixonar por mim de novo com o #cajulifestyle que vivemos em hiatos e presencas.

February 6, 2024

 ... o despalavra ta um tanto largado as tracas. mas quem nao? em dias de chuva eh melhor se resguardar como o proprio dia ja diz. sabe que quase nao dei ouvidos aos sinais, e aind sim faco cagada. o cansaco eh algo que me tira do prumo. me parece que fui um tanto grossa com ela, mas eu fiquei furiosa em tambem ver que meu pedaco de coisa sumiu. sim, fraquezas, distracao em meio ao caos que se intaurou por nada. um desconforto. isso tambem me chateia e me cansa. tudo tem drama pra ser.

December 23, 2023

 ...e nao mais que de repente, me veio o despalterio de voltar pro prumo, de voltar pro meu centro e seguir no meu rezo flecha. as coisas ditas e nao ditas podem sim solver os nos de nao nos. e asssim segue a vida que insiste em ser vivida. aho.

December 21, 2023

desiderata. esssa eh a palavra que me enche e que me esvazia. desiderata eh o ser e o desejo de ser apenas. toda essa potencia e desejo de viver me veio pela guianca da morena e toda aquela egregora junta naquele container. quente e umido.