...eu me perdi no toque de muitos, tentando me encontrar em mim.
me entreguei como quem implora por presença, mesmo que fugaz.
entre um corpo e outro, buscava um olhar que dissesse:
'Eu te vejo. Eu te sinto. Você existe.'
o prazer foi meu anestésico,
a excitação, meu disfarce,
e o orgasmo, meu grito de socorro silencioso.
mas depois, veio o vazio
um lapso emocional tão fundo que até minha alma ficou sem palavras.
percebi que não era tesão — era carência.
não era liberdade — era fuga.
não era amor — era o eco de um abandono antigo.
hoje, olho pra tudo isso com menos culpa.
foi o meu jeito de tentar me curar.
mas agora… agora eu quero algo diferente.
quero voltar pra mim com gentileza.
quero transar com a vida, mas com verdade.
quero ser tocada onde não dói mais...
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